quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Mortos-vivos.

Apenas um sabia o que se passava naquele vilarejo.
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O início macabro de desaparecimentos foi há duas semanas. Levaram muito tempo para notarem que algo estava errado.
Claro, a filha do xerife Cliff sumira! Foi a gota d'água. Boatos de que haviam ladrões rondando o vilarejo. Conversas sobre um serial-killer. Somente suposições.
Ninguém havia  notado nada de diferente naqueles dias, exceto os sumissos.
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Becker, sujeito estranho que estava preso por assassinato, sabia o que acontecia por lá. Ninguém acreditava em suas histórias fantasiosas. Por muitas vezes ele foi satirizado pela população local. Foi ele quem riu da situação, quando o medo se alastrou.
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Eles sempre sabiam quando e onde atacar. O momento do bote era quando as presas estavam sozinhas e despreocupadas, evitando assim um contra-ataque. Porém, Marco estava desorientado, sedento por carne...
Jany, a filha do xerife, conseguiu escapar das garras do inexperiente zumbi. Ela já tinha escutado as histórias sombrias de Becker sobre zumbis. Fascínio para a garota, com um grande instinto para aventuras, porém aquela não era uma escalada à montanha! Se tratava de viver ou morrer. Com sua agilidade a garota se escondeu e torceu para não ser encontrada. Se isso acontece seria seu fim.
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Eis que em uma tarde ensolarada, um deles em sua ronda por vitimas, foi visto por um dos guardas da prisão. A cena era caótica, uma senhora foi arrebatada ao chão, ele começou a morde-la com uma sagacidade indescritível, em menos de um minuto ela estava morta. O zumbi pegou seus restos e levou embora, desaparecendo rapidamente.
Assustado, o guarda correu para a delegacia e relatou ao xerife o que havia presenciado.
Não foi difícil para Cliff associar o fato com os acontecimentos recentes. Resolveu montar um grupo para decifrar aquele mistério. No dia seguinte ficaram esperando algo diferente nos cantos mais obscuros. Acharam três zumbis perambulando, como não tinha nenhuma presa os zumbis voltaram. A tropa começou a seguir os mortos-vivos com a finalidade de descobrir o esconderijo deles.
Chegaram próximos à antiga estrada de ferro e viram os três entrarem na estação abandonada.
O barulho que vinha de lá era aterrorizante, o odor de sangue embrulhou o estômago de todos. Decidiram voltar e planejar um ataque. Cliff lembrou que Becker havia mencionado a forma de aniquilar um zumbi, era necessário destruir seu cérebro. Sem perder tempo e armados, retornaram ao esconderijo dos zumbis. Era a hora de atacar, saber se havia algum sobrevivente, achar Jany.
Um, dois, três...Entraram todos rapidamente, atiraram em crânios, alguns foram mordidos e infectados no primeiro ataque. Por ali todos os zumbis foram exterminados. Parecia o fim, mas para o desespero dos bravos soldados surgiu uma legião de zumbis. Alguns eram tão estranhos que pareciam monstros dos filmes de ficção cientifica.
Era o fim.
O fim para os humanos.
Não havia chance para eles. Estavam em menor número.
Lutaram por suas vidas até o último instante, mas foram infectados...Tempo, só isso para serem mortos-vivos.
De longe Jany assistiu tudo, até a morte de seu pai. Ela sabia que não podia fazer nada além de fugir para o mais longe que conseguisse.    
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O vilarejo frágil foi logo dizimado, tornou-se logo um completo habitat de zumbis.
Ninguém, com exceção de Jany, conseguiu escapar.
Aqueles zumbis não eram mais um pequeno grupo, uma certa massa de morto-vivos foi agregada. Um vilarejo inteiro que não existe mais.

Quem foram as outras vitimas?
Quem serão as próximas?

domingo, 18 de setembro de 2011

É, hoje eu acordei feliz!



Hoje eu me senti feliz.

Vi o céu azul, imaginei um arco-íris, borboletas
pousando nas flores.

Hoje eu senti aquela brisa suave na nuca, meus cachos
balançaram como numa dança magistral.

Hoje eu me senti completa, cheia de brilho,
prestes a voar!

Hoje eu senti a vida correndo em minhas veias,
e corria um sangue vermelho gritante.

É, deve ser esse tal de amor que dizem por ai.
Esse amor próprio.
Aquele que em muitas vezes esquecemos de sentir.

É, hoje eu acordei feliz!
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